Especialista em e-commerce dá dicas para quem está começando ou pretende ampliar a presença no comércio eletrônico
Negócios dos mais variados segmentos têm direcionado esforços para expandir ou mesmo transferir suas operações para o ambiente digital, em um movimento que ganhou grande impulso durante a pandemia. “Antes, o comércio eletrônico era visto em muitos casos como um diferencial. Hoje, tornou-se condição de existência para boa parte das empresas”, afirma o especialista em e-commerce Luís Lima, superintendente de Produtos, Negócios e Parceria Digitais da Rede, uma das principais empresas de soluções de pagamentos do País.
Os números mostram a evolução das vendas online. “Em 2019, 61 milhões de brasileiros compraram algum produto pela internet. Esse número chegou a 110 milhões em 2022”, compara Lima. Entre os segmentos que mais avançaram no comércio eletrônico, ele cita alimentação, material de construção, produtos de saúde, medicamentos e produtos de limpeza. “Mas a maioria dos negócios se beneficia de alguma forma de comércio eletrônico”, observa.
Existem várias maneiras de atuar com vendas online, diz Lima. “O comércio eletrônico ficou muito mais acessível e democrático para as empresas e não está limitado a ter uma loja online ou vender em um marketplace”, ele pontua. “Pode-se começar utilizando aplicativos de mensagens ou redes sociais para criar catálogos, apresentar produtos, realizar vendas e enviar links de pagamento, ir ganhando experiência e depois avançar para formas mais complexas.”
Marketplaces e lojas próprias: prós e contras
Um dos caminhos mais utilizados é a criação de uma loja em um marketplace, como são chamados os sites que reúnem vários vendedores e oferecem soluções completas incluindo não apenas a base tecnológica, mas serviços complementares como marketing, sistema de pagamento e logística. Um passo mais avançado consiste em montar uma loja virtual própria, tarefa que tem se tornado cada vez mais acessível graças aos avanços contínuos em plataformas de criação de sites e aplicativos de comércio eletrônico.
As duas opções, compara o executivo da Rede, apresentam vantagens e desvantagens. Marketplaces contam com grande audiência e contam com a confiança dos clientes, transferindo credibilidade aos vendedores. Mas cobram taxas de comissão significativas, limitam o relacionamento dos vendedores com os clientes e ficam com os dados sobre os hábitos de compra e as transações. “Em uma época em que os dados representam cada vez mais uma riqueza dos negócios, não dispor dessas informações pode ser especialmente prejudicial a empresas que crescem no comércio eletrônico", ele alerta.
Ter uma loja própria permite maior conexão com o cliente, oferecendo um atendimento diferenciado e acesso a dados e estatísticas valiosos. “Além disso, a loja própria tem um efeito de fortalecimento de marca", complementa Lima. Entre as desvantagens, estão a necessidade de maiores investimentos em tecnologia, para montar a loja, manter e garantir a segurança da loja, e em marketing, para ganhar visibilidade. Em muitos casos, diz Lima, a melhor estratégia é a combinação de todas essas alternativas.
Estratégias de marketing consagradas e novas tendências
No trabalho de marketing, existem várias iniciativas que contribuem para aumentar as vendas no comércio eletrônico. Entre as mais eficientes, o executivo da Rede cita a realização de um bom trabalho nas redes sociais, para atrair, fidelizar e engajar o público-alvo da empresa, associado com a contratação de influenciadores digitais para promover a marca e seus produtos.
“Não precisa ser uma pessoa extremamente famosa. Pode ser um micro influenciador, um influenciador local, alguém que seja conhecido e inspire o seu público-alvo”, afirma Lima “A combinação de um bom trabalho em redes sociais com a divulgação da marca por influenciadores digitais é uma estratégia especialmente poderosa.”
Outra tendência que vem ganhando cada vez mais importância no e-commerce, ele diz, é o uso de sistemas automatizados de atendimento, os chamados chatbots, e de inteligência artificial generativa para analisar perfis de clientes, hábitos de compra e fazer recomendações de produtos e serviços específicos e exclusivos para cada pessoa, com base nos dados.
A escolha do sistema de pagamentos
Uma das decisões mais importantes de quem atua com venda online é a escolha do sistema de pagamentos. “No e-commerce, o momento do pagamento tem uma importância enorme”, observa Lima. “Todo mundo gosta de comprar, mas ninguém gosta do atrito no momento de pagar.”
Por isso, a experiência do cliente deve ser a mais fluida e descomplicada possível, incluindo a disponibilidade de múltiplas modalidades de pagamento. Dificuldades nessa etapa, como lentidão, complicações desnecessárias, problemas técnicos ou falta de opções de pagamento estão entre as principais causas de desistência de compra nas vendas online e, consequentemente, geram impacto no índice de conversão das vendas. Sobre esse tema, o especialista afirma que a Rede é líder em índice de conversão há mais de dois anos.
Outro fator que deve ser considerado com muita atenção é a segurança da solução escolhida. Vendas virtuais estão sujeitas a fraudes como o uso de cartão de crédito roubado, ataques hackers e roubo de dados que podem gerar grandes prejuízos. Para mitigar esses riscos, Lima recomenda a escolha de um parceiro de pagamentos sólido e de tradição no mercado, além da utilização de ferramentas que minimizem o risco de fraude, como as que analisam os dados do comprador e informam o varejista sobre a probabilidade de uma venda ser legítima.
O executivo lembra que a Rede oferece checagem automática e gratuita das transações realizadas por meio de links de pagamento, além de integração com os principais sistemas antifraude disponíveis no mercado. E que o seu sistema conta com altos níveis de segurança contra roubo de dados e ataques hacker. “Vazamento de dados provoca prejuízos tanto do ponto de vista financeiro quanto na reputação da empresa”, alerta Lima.
A escolha deve levar em conta também as condições para antecipação de recebimentos. Nas vendas online, lembra o especialista da Rede, é muito importante oferecer prazos de pagamento mais alongados aos clientes. Mas essa decisão pode acabar gerando desequilíbrio no fluxo de caixa da loja. “Ao utilizar a Rede como parceira de pagamento, a empresa conta com linhas de crédito especiais para antecipar seus recebimentos", ele afirma.
Fonte: revistapegn