O Brasil conta hoje com mais de 1,6 milhão de lojas online, segundo o “Perfil do E-commerce Brasileiro”, feito por BigData Corp e PayPal em 2021. A diversidade de opções no comércio eletrônico gera um tráfego diário de milhões de consumidores que facilita o desenvolvimento econômico, mas também demanda cada vez mais a atenção de varejistas e clientes contra os crimes cibernéticos. Segundo estatísticas do sistema antifraude da Hostgator, líder global em hospedagem segura e acessível de sites na internet, os golpes relacionados ao uso de cartão de crédito nas compras virtuais estão se tornando mais comuns em páginas deficitárias em sistemas de cibersegurança.
De acordo com Igor de Andrade, Senior SysOps da HostGator na América Latina, boa parte das fraudes estão ligadas a cartões de terceiros, que eventualmente foram vazadas por falhas na segurança de outros sites. “Isso exige um bom plano de validações para aprovações de compras. Na HostGator, contamos com um sistema robusto e um time de analistas dedicados a evitar fraudes online, principalmente para uma primeira compra, com validações e confirmações bem definidas”.
No caso dos consumidores, quatro dicas simples podem ajudar a reconhecer se o site onde a compra está sendo efetuada é confiável e se há risco em fazer a transação online via cartão de crédito. São elas:
1 – Fazer uma busca sobre o site, analisar o Reclame Aqui e fazer buscas no Google ou seu buscador sobre aquele determinado site;
2 – Ver se o nome no browser encontra-se correto ao realizar o pagamento, ou possui algum caractere que não deveria existir;
3 – Tentar analisar se no Google Safe Browsing consta alguma notificação para o referido site;
4 – Ficar atento se algum alerta é exibido ao acessar o site, normalmente o Google adiciona esses alertas a sites que foram previamente comprometidos.
Segurança deficitária também é alerta para os negócios digitais
Apesar de lesar mais o consumidor final, os problemas relacionados aos golpes de cartão de crédito também costumam afetar negócios digitais que estejam vulneráveis. Para os comerciantes, é possível prevenir ou pelo menos reduzir as chances de expor seu e-commerce ao risco mantendo, por exemplo, uma validação manual de dados para casos suspeitos durante a conclusão de uma compra online.
“Neste caso, considerar informações do dono do cartão é crucial para o lojista, bem como ficar atento a sinais suspeitas na compra e no tipo de compra que está sendo feita. Será necessário traçar vários pontos ao nível tecnológico, isso é, garantir pontos como IP e o cartão sejam do Brasil, data de nascimento e CPF do comprador, e que todos esses itens sejam validados ao realizar uma compra por cartão. No nível organizacional, também é indicado validar domínios suspeitos, tentar ligar para o cliente, dentre outros fatores “, explica Igor de Andrade.
Geralmente os fraudadores escolhem domínios de sites para usar como “phishing”, ou seja, tentar fraudar outras pessoas explorando o nome dos domínios que tenham credibilidade no mercado. Nessas situações, a HostGator já conta com um sistema antifraude treinado para analisar em tempo real nomes de empresas conhecidas e caso surja algum site malicioso similar, passam por uma filtragem do sistema em que toda a compra é analisada e validada pela provedora de domínio.
Outra alternativa contra as ameaças cibernéticas é identificar se o seu site está vulnerável por meio de ferramentas como a navegação segura e relatório de transparência do Google, dedicadas a analisar bilhões de URLs por dia em busca de sites não seguros.
É possível recuperar prejuízo decorrente de fraude?
Outra forma de se prevenir tanto para os vendedores quanto para os consumidores é a disponibilização e a escolha do pagamento por meio do PIX. Entretanto, a modalidade também exige atenção. Apesar de mais segura, é preciso ter atenção com o uso dos QR codes: ao pagar, esteja atento a quem você está enviando, métodos de phishing usando QR code são cada dia mais comuns. “Existem outros golpes focados em engenharia social, mas para o Pix o elo mais fraco vai ser nós mesmos na maioria dos casos”, ressalta Igor de Andrade.
Em caso de ser vítima de um golpe online existem maneiras de contestar a compra ou tentar recuperar o prejuízo financeiro. Nesse caso, o primeiro passo é entrar em contato com a instituição financeira do cartão que teve seus dados invadidos e cancelar ou bloquear a compra suspeita. Também indica-se entrar em contato com o próprio site do e-commerce para informar o ocorrido, evitando que a encomenda seja retirada por criminosos.
Caso não haja o ressarcimento do valor por parte do e-commerce ou da instituição financeira, é possível ainda acionar o Programa de Proteção ao Consumidor – PROCON) para a resolução do problema. Outras instituições de apoio são as delegacias especializadas em crimes cibernéticos e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC, também apto a auxiliar nos casos em que haja problemas com as compras online.
Fonte: Portal Dedução